Emerson e eu somos professores malvados
... nós não damos balõezinhos para nossos alunos.
Emerson e eu trabalhávamos na mesma universidade e
compartilhávamos algumas turmas.
Com o tempo nos percebemos “fora da caixinha” - não eramos professores normais - levávamos nossos alunos ao limite, com desafios e provocações. Fugíamos de amenidades e acreditávamos no potencial de nossos alunos.
Até
o dia que organizei uma tarde na casa do Professor José Pacheco, com colegas
professores universitários e alguns alunos de jornalismo, design gráfico, pedagogia e artes visuais. Foi uma tarde para discutir ações, rumos e provocações sobre educação universitária.
Papo vai, papo vem, Emerson teve um insight, ou um
clarão como diria o admirável professor mineiro Tião Rocha. Ele se percebeu
na CONTRAMÃO do sistema educacional.
Eureka! Ali nascia um parceiro.

Logo enviei a imagem para ele e escrevi: “Quando vi
essa ilustração, pensei logo em você. Nós dois não daríamos balões cheios
e na cordinha para nossos alunos. Nós ficaríamos do lado deles, incentivando e
encorajando para eles encherem seus próprios balões e quando eles voassem, nós
apenas daríamos um sorriso maroto e pensaríamos: ‘eu sabia que ele ia
conseguir’. Não é, meu amigo?”
A resposta veio ligeira: “SENSACIONAL....exato.
Encham seus balões e voem, voem alto. Acompanharíamos essa subida e esse voo, com esse sorriso que falou.... simplesmente sensacional.”
Depois fiquei refletindo o que pode acontecer com as
crianças e jovens que recebem seus balões cheios e já amarradinhos na cordinha? O
balão pode escapar, estourar ou murchar.
Se as crianças e os jovens não souberem a importância dos balões, encontrar
balões, encher balões, amarrar balões, substituir por novos balões o tempo na escola será volátil como um balão de ar.
Feliz dia dos Professores (malvados) caro amigo Emerson Natal Cavalieri - Educador, diretor de pós-produção e na contramão.
Links relacionados: A professora que não ensinava ‘nada’ e Espero de meus alunos mais do que eles querem fazer, mas não mais do que eles podem fazer.
Ilustração de Carlos Ruas
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